Por admitir recentemente, para psicoterapia, uma demanda expressiva de pacientes adultos com TDAH, me inspiro a essa reflexão que segue.
Na modernidade, as pessoas estão mais atentas ao seu funcionamento tanto corporal quanto psíquico. Buscamos qualidade de vida em nosso dia-a-dia. E muitos indivíduos se vêem prejudicados no seu cotidiano e acreditam que seja devido a transtornos das mais variadas ordens. O TDAH, que pode ter passado despercebido durante toda a história da humanidade, e mesmo durante a infância, agora força as abordagens terapêuticas (não somente as farmacoterápicas) a darem conta dessa demanda.
Trata-se de um transtorno neurobiológico, hoje em dia muito associado às crianças, mas que pode ser diagnosticado de forma confiável em adultos (Safren et al, 2008). O DSM-IV apresenta os sintomas divididos em sintomas de desatenção e de hiperatividade/impulsividade.
Dificuldade de manter a atenção às tarefas, inquietude e procrastinação (adiamento das tarefas) são algumas queixas recorrentes de pessoas com TDAH. Contudo, vale afirmar que muitos de nós, senão todos, em algum momento da vida sofremos com tais sintomas, não é mesmo? Por isso, antes de mais nada é preciso um bom diagnóstico feito por profissionais. E é possível que o paciente seja muito beneficiado pela medicação prescrita.
Na questão do tratamento é preciso estar atento a pensamentos e crenças que aumentam o desconforto com o TDAH e ativam emoções como tristeza, raiva, ansiedade, culpa e vergonha. Portanto, os prejuízos causados pela neurobiologia do paciente podem ser atenuados com uma terapia cognitiva dirigida aos focos de problema na questão de como o indivíduo lida com planejamento, procrastinação, distração e regulação das emoções.
sexta-feira, 23 de abril de 2010
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