quarta-feira, 27 de abril de 2011

Crenças ativas no uso de medicação (Placebo)

Compartilho com vocês um vídeo muito bom. Vale a pena ver.

terça-feira, 12 de abril de 2011

De quem é a culpa?


Estava esperando obter mais dados para formular algo a acrescentar à discussão sobre o assassinato ocorrido na quinta-feira 7 de abril de 2011, na escola municipal Tasso da Silveira, em Realengo, Zona Oeste do Rio.

Eu, particularmente, acredito que vale a pena o ato de falar sobre o assunto tantas vezes quanto forem necessárias, mas com objetivos mais válidos do que apenas alimentar os famintos de tragédias. Talvez falando sobre, refletindo, digerindo (tentando pelo menos), possamos atribuir novos significados, propor novas estratégias, integrar mais informações e diminuir a angústia.

É esperado que grande parte da população fique desesperada para entender os motivos que levam a uma desgraça dessa proporção. Primeiramente, vimos que as autoridades governamentais desejavam identificar o “psicopata” e seu perfil, e para o espanto de todos, apresentou-se um jovem com transtornos próprios da psicose que foi capaz de tamanha atrocidade. Ainda assim, culpam desesperadamente as religiões, o armamento civil, a segurança nas escolas... “Alguém deve ter culpa”. “Alguém devia ter previsto ou feito algo”.

Por desconhecimento, negação, ignorância, etc., não é feita uma verdadeira discussão sobre um fator muito importante no ocorrido. O assunto principal nessa tragédia foi a questão da SAÚDE MENTAL do assassino. A pergunta a ser feita é: “Como podemos prevenir agravos decorrentes de transtornos mentais?” Sei que a resposta é complexa. Mas o que poderia ser feito se a rede pública de saúde é a completa derrota social e se não há um verdadeiro interesse público nem privado no cuidado dos indivíduos com sofrimento psíquico grave? Realmente espero que não haja uma satanização do indivíduo com transtorno mental.

É incoerente como negam e se esquivam de uma reforma psiquiátrica verdadeira, onde as pessoas com os mesmos distúrbios de Wellington possam ser assistidas, amparadas e muitas vezes contidas em seu sofrimento psíquico. Essa problemática, pelo visto, ficará ainda invisível.